Quem ganhou a Copa Banco do Brasil de Vôlei?

Mayara Rufino | @capitolinda

Foto: Jonas Barbetta/ Tuddo Comunicação)
O levantador Rapha comemora a vitória do… vôlei na partida. Foto: Jonas Barbetta/ Tuddo Comunicação)

 

O Funvic/ Taubaté fechou 3 sets em cima do Brasil Kirin (25/17, 25/21 e 25/20), na noite de ontem (24), em solo campineiro, na final da Copa Banco do Brasil de Vôlei. Mas nessa partida ninguém saiu perdendo. A equipe de Taubaté venceu e levou o título do campeonato, o time de Campinas o segundo lugar e… o vôlei mostrou sua força, tendo uma final de um campeonato paralelo de equipes transmitido em rede nacional e em sinal aberto.

A final da Copa Banco do Brasil de Vôlei foi transmitida pela TV Brasil, em teste para outras possíveis transmissões de partidas de vôlei, inclusive da Superliga. Diante do cenário atual do vôlei brasileiro, vejo mudanças. O  canal pago SporTV, que é detentor dos direitos dos jogos junto à Rede Globo, não transmitiu a partida desde o começo, apesar de ter sido anunciada há um mês na programação e ser responsável pelo horário ingrato do jogo: 22h – com término pouco antes da meia-noite. Que bom para nós: a TV Brasil tomou lugar. Pela movimentação nas redes sociais, a transmissão alternativa deu certo: alguns torcedores já iam assistir à partida pelo canal aberto e quem não ia, diante do descaso do SporTV com o esporte, torceu todo o tempo pela primeira – mesmo após o início da transmissão pelo canal pago, já no segundo set.

Bom para nós pelo respeito que a emissora aberta deu ao nosso esporte, chamando as equipes por seu nome; com pré-jogo e pós-jogo, coisas que  usualmente não vemos no canal “campeão”. Sada ficou em quarto, Minas em 3º, os jogadores campineiros levaram medalhas de prata, Taubaté subiu no lugar mais alto do pódio, mas quem saiu coroado desse campeonato foi o vôlei.

Será o começo do recomeço do vôlei no Brasil?

O que nossa confederação não pode permitir é que uma emissora, por maior que seja, mine o potencial do nosso esporte. Não podemos deixar (torcedores, imprensa alternativa, entidades, atletas, treinadores, equipes…) que uma emissora compre os direitos de transmissão dos nossos jogos e engavete-os, só para que ele não ameace o futebol. Não deixemos que não chamem nossas equipes por nomes que não são os delas, as fazendo perder patrocínio e por consequência, nós as perdermos, temporada após temporada. O vôlei tem que voltar a crescer. O vôlei tem que voltar a ganhar.

Quanto ao campeonato, não teve final mineira! A final foi paulista: e não teve Sesi! O Brasil Kirin estava desfalcado: Alan, Michael e Wallace ficaram fora da partida. Nomes importantes para a equipe campineira, que enfrentou o time de estrelas de Taubaté: Lorenaaaaaaa, Rapha, Dante, Lipe – que enfim vi disputar uma partida decisiva -,Sidão, Thiago Sens… Mais um ponto para o vôlei: a descentralização das equipes. Bom ver equipes que não as de sempre em uma decisão de campeonato nacional. Quero mais. Quero equipes do norte, do nordeste, do sul e de outros lugares do sudeste desse meu Brasil – viu, Prefs do Rio? – em milhares de torneios em várias tevês abertas.

Quero mais!

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Publicado por Mayara Rufino

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Nasci Mayara, mas pode me chamar de Capitolinda. Sou formada em Jornalismo, faço pós em Literaturas Portuguesa e Africanas, e apesar de ser sedentária e das letras, sou apaixonada por vôlei.


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